sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Caiado entrega 28 casas a custo zero em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF

Outras 18 moradias serão construídas no município. Governador ressalta que a entrega de construções dignas sem custo é ação única no Brasil e garante a emancipação das famílias mais vulneráveis



Fotos: Júnior Guimarães.

O governador Ronaldo Caiado entregou 28 casas a custo zero para famílias de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, nesta sexta-feira (15/09). Com investimento de R$ 3,2 milhões, as moradias fazem parte do programa Pra Ter Onde Morar – Construção, que já viabilizou a construção de 6 mil casas em todas as regiões do estado. Caiado lembrou que a garantia de moradia digna, além de um direito básico, é porta de entrada para outras políticas públicas emancipatórias e de desenvolvimento social.

"Muitos que não enxergam as pessoas mais necessitadas podem até achar que fazemos pouco. É que nós fazemos muito é para o cidadão que mais precisa. Temos a obrigação de dar apoio para essas pessoas que, agora, vão entrar em uma casa dessas e viver dignamente", ponderou o chefe do Executivo goiano. Caiado vistoriou a estrutura das casas e realizou a entrega simbólica das chaves para a recicladora Rogéria da Silva, mãe de três filhos, que dormia na rua e sobrevivia com recursos de outro programa do Estado, o Mães de Goiás.

Mãe solo de quatro filhos, a auxiliar de serviços gerais Priscila Gonçalves, de 32 anos, também foi contemplada. "O sentimento é de gratidão por estar recebendo essa benção e ter a moradia própria junto com meus filhos. Pra gente que é de baixa renda, é bem difícil conseguir. Divorciei, tive que voltar pra casa da minha mãe com meus filhos. Pretendo mudar na semana que vem, assim que possível", explicou.

A ação do Governo de Goiás é executada por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra). As famílias contempladas foram selecionadas por sorteio público, depois de previamente habilitadas. Outras 18 moradias serão construídas no município, com investimento de R$ 2,1 milhões. Cada casa tem custo de aproximadamente R$ 127 mil, com recursos do Fundo de Proteção Social (Protege), coordenado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS).

O vice-presidente da Agehab, Wendel Garcia, representou o presidente Alexandre Baldy, e ressaltou a importância da ação, que é pioneira no país. "Essa vontade do governador em levar habitação de qualidade para os quatro cantos de Goiás, sem nenhum tipo de contrapartida, deu origem ao maior e mais inclusivo programa de habitação social do Brasil", salientou. Além do custo zero, a capilaridade do programa chega a todas as regiões do estado. "Temos um programa vitorioso que se espalha em mais de 130 cidades", destacou Pedro Sales, secretário de Infraestrutura.

A secretária do Entorno do Distrito Federal, Carol Fleury, lembrou as transformações sociais que a região tem experimentado. "O governador não mede esforços, nem fica concentrado onde já está tudo bem. Ele faz ao contrário, quer ir onde as pessoas mais precisam e exige qualidade", destacou. O prefeito de Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Caldato, relatou a eficiência do programa. "São melhorias que chegam para a região com um trabalho humano, técnico e responsável, que entregou casas para famílias que realmente necessitavam de um teto."

Pra Ter Onde Morar
O programa é destinado às famílias com renda familiar de até um salário mínimo e que estejam com a inscrição atualizada no CadÚnico. Além disso, é preciso morar no município há pelo menos três anos, não ter casa própria e nem ter sido beneficiado anteriormente em programa de moradia. As casas são construídas com 100% de recursos estaduais e contam com a parceria das prefeituras, que viabilizam o terreno e a infraestrutura.

domingo, 27 de agosto de 2023

Fieg, por meio do Forum Empresarial, debate Reforma Tributária com senador Vanderlan Cardoso

Nesta segunda-feira (14/08), na Casa da Indústria, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e o Fórum de Entidades Empresariais reuniram lideranças do setor produtivo e parlamentares para mais um debate sobre a Reforma Tributária, desta vez com participação do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Também esteve presente o deputado federal Ismael Alexandrino (PSD-GO).

Aprovada no dia 7 de julho pela Câmara dos Deputados, com apoio do governo federal, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019 começou a tramitar no Senado na semana passada, com demora de um mês, alvo de críticas de Vanderlan Cardoso. A Reforma Tributária tem sido discutida no Congresso Nacional há três décadas, mas nunca foi aprovada uma modificação sistemática.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, um dos precursores na defesa de uma Reforma Tributária equilibrada e justa, desde quando ainda era deputado federal, reforçou que o momento é de extrema atenção, para que os pontos defendidos pelo setor produtivo sejam reparados no Senado. "Nós somos a favor de uma Reforma Tributária, desde que não tenha cortes de incentivos fiscais, que não transforme a arrecadação dos entes federativos em uma turbulência, e que seja aprovado um texto que potencialize as riquezas de Goiás, diferentemente do que passou na Câmara dos Deputados."

O senador Vanderlan Cardoso disse que o momento agora é de aprofundar debates sobre a Reforma Tributária e seus impactos nos diversos setores da sociedade. "Tem muita coisa boa na Reforma Tributária, mas tem também os pontos polêmicos, principalmente os de interesse do Estado de Goiás. Nós estamos atentos para o nosso texto que será elaborado", disse.

O senador destacou a iniciativa do presidente da Fieg, por meio do Fórum, em promover discussões com a base e trazer a equipe do CAE para tirar dúvidas dos empresários. "Trouxemos para este debate uma apresentação muito profissional, mais técnica. Nós vamos precisar da ajuda da Fieg, bem como das entidades, dos municípios para nos munir de números, dados e documentos para defender na CAE e na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado os pontos que sejam de interesse de Goiás", declarou.

O chefe de gabinete do senador, Emílio Carlo Teixeira de França, e o assessor parlamentar Wagner Vilas Boas apresentaram com explicação e detalhamento técnico o texto que foi aprovado na Câmara e que agora está no Senado, esclarecendo dúvidas dos empresários.

Um dos pontos de interesse do setor produtivo é sobre a perda de arrecadação. Com a novidade incluída pela PEC 45, da tributação no local de consumo, em vez do destinado, Goiás, que é grande produtor do setor primário, pode ter queda no recolhimento de tributos. O empresariado também defende a permanência dos incentivos fiscais e a autonomia dos Estados e municípios, ambos afetados pela proposta.

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Atividade Vertical Soluções nas Alturas: elevando os padrões de segurança e qualidade em sistemas de ancoragem

Nas alturas das construções modernas, onde cada projeto desafia os limites da engenharia e da inovação, a importância da segurança e da qualidade dos sistemas de ancoragem é inquestionável. É nesse cenário que a empresa Atividade Vertical Soluções nas Alturas emerge como uma figura proeminente, oferecendo não apenas serviços de sistemas de ancoragem, mas também um padrão de excelência e garantia que só uma empresa especializada e equipada pode proporcionar



Elevando a Segurança ao Máximo
A segurança dos trabalhadores que operam em alturas é uma prioridade inegociável. A Atividade Vertical Soluções nas Alturas compreende a magnitude desse compromisso e coloca-o no cerne de cada projeto que realiza. Seus sistemas de ancoragem são desenvolvidos e executados sob os mais rigorosos padrões de segurança, garantindo que os trabalhadores tenham a tranquilidade necessária para realizar suas atividades com confiança.

Teste de Arrancamento Estático: Garantindo a Eficiência
Uma das características distintivas da Atividade Vertical Soluções nas Alturas é a realização de testes de arrancamento estático. Esses testes meticulosos asseguram que os sistemas de ancoragem estejam firmemente fixados e capazes de suportar cargas extremas. Esse processo de verificação de eficiência não apenas demonstra o comprometimento da empresa com a qualidade, mas também reflete sua busca contínua por melhorias e aperfeiçoamento.

Qualidade e Excelência: A Marca Registrada
Quando se trata de serviços nas alturas, a qualidade e a excelência são fatores não negociáveis. A Atividade Vertical Soluções nas Alturas tem como missão oferecer um padrão de serviço que exceda as expectativas de seus clientes. Cada projeto é tratado com a atenção meticulosa que merece, desde o planejamento até a execução e verificação final. Essa abordagem personalizada garante que cada solução seja adaptada às necessidades específicas do cliente, resultando em um trabalho que se destaca pela sua qualidade inquestionável.

Uma Empresa Equipada e Especializada
O diferencial da Atividade Vertical Soluções nas Alturas reside na sua equipe altamente qualificada e na sua gama de equipamentos de ponta. Os profissionais da empresa são treinados nas técnicas mais avançadas de trabalho em altura, combinando conhecimento técnico com experiência prática. Além disso, a empresa investe constantemente em tecnologia e equipamentos de última geração, permitindo que eles enfrentem até mesmo os desafios mais complexos com confiança.

Em Busca da Excelência
A Atividade Vertical Soluções nas Alturas é uma prova de que, quando se trata de segurança, qualidade e excelência, não há espaço para compromissos. Sua abordagem personalizada, combinada com testes rigorosos e uma equipe altamente capacitada, a coloca como uma líder indiscutível no setor de sistemas de ancoragem. Ao elevar os padrões e garantir resultados que superam as expectativas, a empresa continua a trilhar um caminho de sucesso, consolidando-se como um parceiro confiável para projetos nas alturas.

Em um mundo onde a segurança e a qualidade são essenciais, a Atividade Vertical Soluções nas Alturas emerge como uma força motriz, demonstrando que a expertise especializada é a base para qualquer empreendimento bem-sucedido nas alturas.

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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Fieg participa do relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista

O vice-presidente da Fieg Emílio Bittar, que também preside o Sindicato das Indústrias de Curtumes e Correlatos do Estado de Goiás (Sindicurtume), participou terça-feira (15/08) do relançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista na Câmara dos Deputados, em Brasília. A solenidade, que reuniu entidades de classe representativas do segmento de couro, calçados e componentes, contou com a presença da deputada federal por Goiás Marussa Boldrin (MDB/GO)

Foto: Pedro Santos

A presidência da Frente Parlamentar é do deputado federal Lucas Redecker (PSDB/RS), tendo como vice-presidente e secretário geral, respectivamente, os também deputados federais Otto Filho (PSD/BA) e Newton Cardoso Jr. (MDB/MG). O movimento busca fortalecer a indústria nacional, impulsionar a produção e contribuir com a competitividade do setor, tanto no mercado doméstico quanto no exterior.

Atualmente, o segmento coureiro-calçadista gera um resultado anual na economia brasileira de mais de R$ 48,7 bilhões em faturamento e mais de 1,2 milhão de postos de trabalho diretos e indiretos.

Fieg discute igualdade salarial e remuneração entre mulheres e homens

Encontro contou com participação de representantes da Superintendência Regional do Trabalho, do Judiciário e Ministério Público do Trabalho

Foto: Marcelo Oliveira.

A aplicação da Lei 14.611/23, publicada no dia 3 de julho e que dispõe sobre a igualdade salarial e critérios remuneratórios entre homens e mulheres, dominou encontro terça-feira (1º/08) do Conselho Temático de Relações do Trabalho e Inclusão (CTRT+I) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, liderado pela advogada Lorena Blanco. O debate contou com participação do presidente da Fieg, Sandro Mabel, na abertura; apresentação da juíza do Trabalho Jeanne Bezerra; e mediação da superintendente regional do Ministério do Trabalho, Sebastiana Batista; e da auditora fiscal chefe da Seção de Fiscalização do Trabalho (SFISC), Jacqueline Carrijo.

"A nova legislação joga luz em assunto que ainda provoca polêmicas e, por isso mesmo, merece ser discutido para proporcionar esclarecimentos e segurança jurídica às empresas. Como empresário, sempre reitero a importância de reflexão e ações concretas na implementação de treinamentos nas indústrias sobre temas relacionados à igualdade e inclusão no âmbito do trabalho, à violência e ao assédio, seja de qualquer ordem", afirmou Sandro Mabel.

Em sua apresentação, Jeanne Bezerra explicou detalhes da Lei 14.611/23, destacando que se trata de um marco nas relações do trabalho. "É uma questão histórica e que a lei busca promover uma transformação. Apesar da legislação brasileira já possuir dispositivos que abordam a questão do gênero no mercado de trabalho, só agora temos uma norma importante com relação à questão salarial."

De acordo com a juíza do Trabalho, o Judiciário está atento à aplicação da lei para garantir a máxima constitucional de que todos são iguais. "Lugar de mulher é onde ela quiser. Não existe mais espaço para discriminação, para tolher", sustentou Jeanne.

A superintendente regional do Ministério do Trabalho, Sebastiana Batista, ressaltou a importância de o setor privado e os órgãos fiscalizadores andarem de mão dadas nesse processo. "É mais um passo para a inclusão. Mediante protocolo, vamos estar mais preparados para acompanhar essa mudança."

Nesse sentido, a auditora fiscal Jacqueline Carrijo destacou que a Fieg saiu na frente ao trazer o debate. "Até o momento, foi a única entidade a nos procurar para tratar sobre essa normativa", disse, salientando que o acesso à informação é fundamental para a adoção de boas práticas.

Após 90 dias da promulgação da lei, as empresas que não estiverem adequadas poderão sofrer autuações. No entanto, Jacqueline Carrijo salienta que o esforço da Superintendência Regional do Trabalho não é pela penalização, mas sim pela conscientização. "Nosso objetivo é prevenir, e não aumentar arrecadação com autuações. Goiás tem tantas boas práticas, com empresas que já praticam isso e que podem colaborar com a construção desse protocolo. Conclamamos também os sindicatos a participarem desse processo."

MAIS INCLUSÃO - O encontro também marcou a mudança oficial da nomenclatura do CTRT, agora abarcando o conceito de inclusão. O momento foi considerado histórico pelo presidente da Fieg, Sandro Mabel. "É uma mudança de amplitude de nosso conselho. Acreditamos que questões de inclusão e igualdade salarial passam a ser plano de vida, de carreira, e não simplesmente um cumprimento de normas legais."

Além da mudança de nome, o CTRT+I passou a contar com a representatividade do Fórum de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS (Fimtpoder), com posse da coordenadora Elizabeth Campos como conselheira do colegiado.

O momento foi acompanhado pela procuradora do Ministério Público do Trabalho Janilda Guimarães de Lima. A representante do Sebrae Goiás Fernanda de Freitas também prestigiou o debate.

sábado, 29 de julho de 2023

Hugo conquista prêmio internacional por tratamento de AVC

Unidade de saúde do Governo de Goiás é a primeira no estado a receber o Angels Award. Tempo médio de atendimento desses pacientes no local é de 10 minutos, a média nacional é de 25 minutos



O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) recebeu, nesta quinta-feira (27/08), a certificação internacional Angels Award, na categoria Platinum, pelo atendimento de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), segunda maior causa de morte no mundo por doença e primeira causa de sequela neurológica irreversível em adulto. O selo é conferido pela World Stroke Organization e Sociedade Ibero-americana de Enfermidades Cerebrovasculares e confirma a evolução da unidade do Governo de Goiás na qualificação do serviço de saúde.

O titular da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, lembra que, desde 2021, a pasta esteve à frente da organização dos fluxos assistenciais com neurologistas para estruturar o Projeto Angels, o que resultou em atuação de excelência, com redução do tempo de atendimento e tratamento dos pacientes que chegam à unidade com suspeita de AVC – o primeiro socorro para evitar mortes e sequelas é fundamental. A cada minuto, quase 2 milhões de neurônios são perdidos no cérebro de um paciente nessa situação.

Com a implantação do Projeto Angels, em março de 2022, a emergência do Hugo passou a contar com a presença de neurologista 24 horas por dia, 7 dias da semana. Desde então, a unidade realizou 212 trombólises, processo pelo qual se dissolve um trombo formado na corrente sanguínea. Com a introdução do Código AVC, o atendimento médio do paciente que chega à unidade com suspeita da doença passou a ser de 10 minutos, enquanto no país é de 25 minutos.

"Essa certificação vem reforçar a importância e a qualidade que nós temos na unidade estadual. A ideia é que possamos ampliar esse serviço para telemedicina, para que esses neurologistas possam orientar os hospitais do interior e melhorar cada vez mais o tempo de atendimento desses pacientes dentro do próprio Hugo", diz a superintendente de Políticas e Atenção Integral à Saúde (Spais/SES-GO), Paula dos Santos Pereira.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Saúde eleva custo de vida na RMSP no mês de abril

Variação positiva foi de 0,52%; no acumulado de 12 meses, indicador subiu 4,32%


 
O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou variação positiva de 0,52% em abril, ante 0,55% de março. O grupo de saúde foi o que mais contribuiu para esse resultado: com alta de 2%, o setor foi responsável por 0,25 ponto porcentual (p.p) para o desempenho geral —representando quase metade do índice.
 
Nos quatro primeiros meses de 2023, apontou-se uma alta acumulada de 2,22%. Em 12 meses, o indicador apresentou elevação de 4,32%. Os dados são do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a Entidade, os números do mês passado não surpreendem, uma vez que o reajuste anual dos medicamentos, que passou a vigorar no dia 1º de abril, foi anunciado na divulgação dos dados da pesquisa de março.
 
Os remédios hipotensores e hipocolesterolêmicos registraram aumento médio de 5,9% no mês, seguidos dos psicotrópicos (4,3%) e dos analgésicos (2,9%). Também contribuíram para a alta os itens de higiene e cuidados pessoas, como produtos para pele (3,3%) e dermatológicos (6,9%) e sabonete (1,2%). Pelo lado dos serviços, os planos de saúde apresentaram crescimento mensal de 1,2%. Ainda sobre o segmento de saúde, as faixas de renda que mais sofreram foram as mais baixas. Para a classe E, por exemplo, a variação mensal do grupo foi de 2,76%, ao passo que para a classe mais elevada (A), a alta foi de 2,1%.
 

Indicadores em alta
Dentre os nove grupos que compõem o indicador, apenas um encerrou o quarto mês do ano com decréscimo nas variações médias: habitação (-0,06%). Por outro lado, a segunda maior pressão altista, no período, foi do grupo de transportes, com vairação de 0,41% e 0,09 p.p. de participação no resultado geral. Vestuário apresentou elevação de 1,18%. O índice gerou impacto absoluto de 0,07 p.p. para o desempenho geral. Segundo o levantamento, o cenário pode ser explicado por uma combinação entre custo mais elevado das matérias-primas, troca de coleção e antecipação do frio na capital — os consumidores tiveram de tirar mais cedo as malhas do armário.
 
Já alimentos e bebidas registram incremento médio de 0,27%, contribuindo com 0,06 p.p. para o resultado do indicador. Os preços subiram mais na alimentação fora do domicílio (0,51%) do que nos mercados (0,12%). Neste último, o tomate foi o grande vilão do mês, com aumento mensal de 15,6%. As demais elevações foram observadas nos grupos de artigos do lar (0,64%), despesas pessoais (0,32%) e educação (0,07%), com soma das contribuições de 0,06 p.p.
 
Expectativa de alta
De acordo com a FecomercioSP, deve haver avanço menor nos preços para o resto do ano, sem grandes eventos atípicos. Cenário esse impulsionado muito provavelmente pela redução nos preços dos combustíveis, anunciada pela Petrobras neste mês. A medida deve impactar positivamente, de forma direta, o grupo de transportes, e de forma indireta (dado o custo logístico menor), os preços nas gôndolas dos supermercados, com reflexos em toda a cadeia econômica.
 
Ainda segundo a Federação, um custo de vida menor significa alívio maior ao bolso do consumidor. Como resultado, deve haver ampliação do consumo e quitação de dívidas atrasadas. Embora a maioria dos preços tenha subido em abril, o ritmo menor em relação ao ano passado traz um cenário mais otimista para 2023, sobretudo para as famílias de renda mais baixa.

Varejo e serviços acumulam alta
O Índice de Preços do Varejo (IPV), da CVCS, acumulou alta de 0,51% no mês passado. Dentre os oito grupos estudados, saúde e cuidados pessoais foi o que mais pressionou, ao apresentar variação de 2,72%. Elevação também foi observada no Índice de Preços dos Serviços (IPS), da CVCS: 0,52% no período. Dentre os oito grupos que compõem o indicador, houve avanço significativo nos transportes, com alta de 1,37%. O segmento de saúde e cuidados pessoais foi o responsável pela segunda maior pressão de alta, com variação de 1,06%.
 
Nota metodológica
CVCS
O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.